sexta-feira, 30 de abril de 2010

Tempos difíceis...

Nesses últimos tempos os efeitos da gravidez ficaram cada vez mais difíceis... Foram muitos os enjoos, o cansaço, dor nas costas, repulsa a tudo quanto é comida e, principalmente, cansaço e sono! Enfrentar provas e trabalhos no meio a esse turbilhão de hormônios deveria ser inconstitucional! rsrs

Mas agora meu corpo já está mais adaptado a sua nova condição, sofro mesmo com a azia, mas já consigo olhar para uma cama sem pensar em dormir. Já consigo olhar para o futuro sem pensar na obrigatoriedade do meu filho ter um pai e em como ele vai lidar com tudo isso. Consigo pensar no mundo maravilhoso de coisas que vou oferecer e viver com ele. Saí da fase que parece que tudo vai mal para a de expectativas. Expectativas para saber o sexo do meu bebê, expectavitava para vê-lo mesmo que por ultra-som, para escutar pela primeira vez seu coração batendo... Expectativa pelas próximas semanas onde devo estar sentindo os primeiros chutes e sua locomoção dentro da minha barriga. Expectativa em ver seu rostinho, sentir sua mãozinha segurando meu dedo, ter seus olhos fitando meu rosto e sentir sua boquinha sugando o meu leite materno...

Sem susto mais com as tantas coisas que ainda viverei, pois jamais vou estar só. Tenho um arsenal de amigas e apoio de minha familia e uma criança que cresce em mim, está ao meu lado todo o tempo e vai contar comigo para trilhar seu caminho na vida!

domingo, 4 de abril de 2010

Aprendendo a ser mãe

Ser mãe é padecer no paraíso... Será mesmo? Completando minhas 5 semanas de gravidez, já tenho uma opinião diferente, acho que ser mãe pode ser viver determinados momentos no paraíso, mas padecer com toda a eternidade que a palavra sugere eu acho bem difícil... O que são 5 semanas para uma mãe de primeira viagem? São cólicas (mesmo sem menstruação), dor nas costas, enjôos, um par de seios inchados, muito sono, cansaço, vontade de comer tudo que vê e um alto grau de irritalibilidade! Isso definitivamente não é padecer no paraíso... Estar em casa pensando naquela cervejinha que seus amigos estão tomando naquele barzinho, nos paquerinhas que suas amigas estão arrumando, nas viagens de semana santa que você perdeu e naquele trabalho que você precisa terminar pra amanhã e a dor nas costas não deixa também não é padecer no paraíso. Sair pra um almoço em família e se restringir aquele meio copo de coca-cola que você tem que evitar devido a alta quantidade de elementos corrosivos e pensar que ainda faltam cerca de oito meses e dez quilos a mais pela frente tão pouco será esse "padecer no paraíso"...

Já viver no paraíso é aquele momento em que você pensa que falta pouco mais de uma semana para escutar o coração do seu filho batendo pela primeira vez e saber que você está fazendo tudo isso pra que esse coraçãozinho venha a bater, é ganhar aquela meia pequeninha e imaginar como um pé (o pé mais delicioso desse mundo) pode e vai caber ali dentro, esperar pelo primeiro chute de seu filhinho e passar horas na internet procurando saber tudo sobre as 5 semanas de gestação quando o coração e os rins estão se desenvolvendo e estudar os milhares de nomes e seus significados para colocar na criança ou ouvir de um homem que ele assumiria seu filho simplesmente por você ser a mãe e já amar e saber que vai ser amada por alguém (seu filhote) de forma incondicional... Isso é viver no paraíso, isso é resplandecente, isso é o paraíso por si só!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Contando a minha familia

Apesar do meu irmão ser meio machista e conservador como todos os outros Monteiros, escolhi contar primeiro para ele gerando assim meu primeiro ponto de apoio (na família!) e também o ciúmes da minha mãe quando ficou sabendo. No dia seguinte, após ter a ilusão de constituir uma família para o meu filho desfeita (mas não por completo, eu ainda tinha esperanças do pai acordar pra vida!) foi quando criei coragem de contar pra minha mãe, eu sabia o desapontamento que seria, pois minha família é católica demais pra entender um filho fora do casamento, mas eu encontrei um apoio inimaginável só confirmando a frase de que você conhece quem está ao seu lado quando você realmente precisa! Lógico que não foi o sonho de netinho chegando que minha mãe sempre teve, mas ela o aceitou assim mesmo do jeito que veio, assim como minha irmã e minhas amigas que já disputam pela vaga de madrinha! E não, não esqueci de você, Saul!

No domingo, minha mãe teve um acesso de conservadorismo e, em resumo, me pediu que eu fosse atrás do pai da criança por que, provavelmente, eu não devia ter sido "muito amigável" ou demonstrado o que eu realmente esperava e sentia por ele (mas acho que demonstrei sim o quão grande foi minha decepção com a pessoa dele). Enfim, esse tipo de coisa eu também escutei de uma amiga em particular "ele gosta tanto de você, apesar de você ser assim, desse jeito". Eu não me iludo que todos irão me dar apoio, me olharão com carinho e ternura e desejarão infinitas coisas boas a mim e ao meu filho, sei que coisas desse tipo me cercarão por muito tempo e por isso achei justo não só demonstrar desapontamento, mas toda a raiva que eu sentia ao meu ex-namorado com a mensagem:

Vc eh um merda! Um M E R D A! E agora eu vivo suja dessa tua merda! Eu te O D E I O! Vc nunca vai saber o q eh ser P A I! Seu EGOISTA MISERAVEL!
(esclarecendo que viver suja da sua merda não é estar grávida - estar grávida é a única coisa boa que ficou do relacionamento - estar suja significa eu ter que aguentar as pessoas acharem que eu fui uma sem vergonha.)

Peguei pesado, talvez... há quem diga: certeza! Mas vire mãe e tenha apoio do pai negado para entender. Sem falar na irritabilidade gerada pela gravidez. E mesmo assim eu não tive um sinal de vida do pai! Não dá pra entender...

*Um beijo especial a Valéria, Milena e familia, Nathyara, Carol, Saul, Nathália, Érika, Chris e Maria Tereza pelo apoio, acima de tudo, agradeço a minha mãe, irmã e irmão!

Contando ao pai da criança

Lógico que eu sabia que não ia ser fácil, lógico que eu sabia que a situação não era adequada as normas da sociedade, mas lógico também que ainda sim eu esperava e ainda espero pelo apoio de quem faltou com ele...

Contando ao pai da criança:
Situação inacreditável... Em um namoro de nove meses é impossível determinar a quantidade e vezes que almejamos o nosso casamento ou o nosso filho, incontáveis são as vezes em que planejamos e sonhamos com esse acontecimento. Lógico que era um assunto muito mais discutido na época em que nós éramos um casal de "pombinhos apaixonados", mas mesmo em meio a todos os nossos altos e baixos os quais tanto eu como ele podíamos apontar diversos defeitos no outro e motivos para o nosso namoro não ser mais como antes, nós ainda sim tínhamos nossos momentos de felicidade em que discutíamos como uma gravidez adiantaria o nosso inevitável casamento e nossa última conversa a esse respeito aconteceu 18 dias antes deu descobrir por meio do exame de sangue que eu estava grávida e por tanto, já estar grávida.

Mas o porque de ser inacreditável?
Primeiro, por minha estupidez: apesar de já ter todo um texto pronto (digno de um comercial de margarina) a respeito de contar sobre minha gravidez, acabei contando da forma mais errada impossível... Uma amiga minha minha (beeeijo Carol) esperava pela confirmação ou não da gravidez e, sem ter o menor saco para telefonemas, fui mandar por mensagem, mas eis que um ato falho faz com que eu digite e envie (sim, envie!) a mensagem para o pai da criança (sim, o PAI da criança!)... Numa tentativa louca e desesperada para que ele não visse a mensagem, telefonei e pedi que mantivesse o celular desligado e fosse correndo a minha casa para eu explicar o que estava acontecendo. Ainda cheguei a ligar algumas vezes a fim de verificar se o celular realmente se encontrava desligado e ele, num acesso de raiva, desligou o celular duas vezes enquanto eu falava com ele, desligando o aparelho de fato em seguida.

Sonho arruinado, mágica desencantada, só me restava esperar por ele, esperar HORAS por ele! E ele, já tendo lido a mensagem (tudo bem, eu também teria lido - curiosidade é humana), chegou a minha casa me convidando para um sanduíche, como se nada, NADA houvesse acontecido, depois de perceber que ele já sabia e ele começar com aquela histórinha de: nosso amor acabou, pedi para que parasse o carro e foi assim: com o carro parado, no meio da rua, eu aos prantos com os outros vendo que conversamos sobre a pessoinha que cresce em mim.

Após me prometer que não me deixaria SÓ se auto afirma atordoado e precisando ficar só, sem ao menos pensar em como a mãe do seu filho estaria se sentindo após já ter passado o dia SÓ e saber que estaria SÓ novamente até o dia seguinte, às 3 da tarde, quando o homem que ela amou com devoção e abdicação lhe daria mais detalhes de como seria a vida deles com o tão sonhado e discutido filho!

No dia seguinte, não as 3h, mas as 5h15m da tarde é que aquele homem, depois de ter avisado friamente por msn sobre seu atraso e não ter sequer mandado alguma msg de apoio ou mesmo perguntado como andaria aquela mulher que tantas vezes ele fez juras de amor, chega para decretar que a deixará numa casa enorme, paga até tal mês, com uma criança nos braços e só. Rompendo e não condizendo com sua postura durante os nove meses de namoro e fazendo com que a mãe do seu filho, finalmente conheça o f*** d* p*** que ele é! Confirmando isso com os dias de silêncio seguintes...

Toda mulher sabe quando está grávida...

Se o título da postagem revela uma verdade universal ou não, eu não sei dizer, mas posso relatar a vocês que eu sabia! Estar grávida nesse momento da minha vida pode não ter sido a, até então, melhor intuição deste mundo, mas esperar pela monstra seria uma angústia sem fim, por isso não esperei nem sequer o seu atraso na hora de pegar minha amiga Valéria pelo braço e me aventurar em um desses laboratórios que prometem o resultado em poucos minutos por uma quantia insignificante de dinheiro.

Poucos minutos... Posso não ter passado meia hora ali entre recolherem o sangue e a entrega do papel com o positivo em letras garrafais, mas a eternidade em que esse processo se estendeu...
Quatro outras mulheres estavam naquela salinha mal arrumada com péssimas acomodações, mas todas tranquilas a espera do resultado. Só eu não cabia em mim, eu, a única sem aliança, a única nervosa e a única que não sabia se queria positivo ou negativo. Não demorou muito para que uma moça previsse meu resultado... E os envelopes iam sendo entregues as moças com alianças e todas receberam o negativo. Ainda sentadas naquele sofá velho o meu resultado era o esperado. Eu não abri ali dentro e tampouco saciei a curiosidades dela, eu apenas agarrei aquele envelope e sai dali o mais breve possível.

É incrível a sensação de ler o resultado, você só enxerga o POSITIVO.

Então eu chorei, então eu ri, então pensei no próximo passo (contar ao pai) e o seguinte (decepcionar minha mãe).

Como foram esses passos?
Vamos a próxima postagem...